AcroYoga é Yoga?
As minhas experiências com o Yoga e o AcroYoga estão intrinsecamente ligadas e têm simplesmente um ano de diferença entre elas, no entanto a prática regular de ambas coincidiu praticamente ao mesmo tempo durante a minha formação de professores de Yoga.
Apesar de ter tido algumas experiências e práticas irregulares desde 2016 no Yoga e desde 2017 no AcroYoga, foi em Setembro de 2018 que ambas passaram a estar presentes na minha vida e principalmente serem um pilar muito importante para o meu bem estar físico e mental, foram, e são, peças fundamentais para o meu equilíbrio emocional.
No seio da comunidade do Yoga muitas opiniões se dividem acerca da legitimidade do AcroYoga se considerar uma prática de Yoga ou não. Na minha singela opinião é sem dúvida nenhuma Yoga, e existem imensas razões para o considerar desta forma.
Ao contrário do que muita gente pensa, Yoga não é somente um conjunto de posturas meditativas ou super difíceis tal verdadeiro contorcionista, mas sim, e acima de tudo, um estilo e filosofia de vida, é uma forma de estar e de respeito para com os outros e para com nós próprios.
As duas primeiras etapas dum Yogi (estudante, praticante de Yoga) nos sutras de Patanjali são os Yamas e os Niyamas e ambas não têm nada a ver com posturas de Yoga (Asanas) ou exercícios respiratórios (Pranayamas) ou até mesmo meditação (Dhyana), mas sim a forma como nós interagimos com o nosso próprio ser e com tudo o que nos rodeia (natureza e com os outros seres).
Na minha experiência com o Yoga e com o AcroYoga encontrei muitos mais exemplos de Yogis na comunidade de AcroYoga do que na de Yoga, quer seja na consciência de sustentabilidadede recursos naturais, quer na forma como as pessoas são acolhidas, na forma como interagem umas com as outras e no sentido de partilha e cuidado para com o outro e para com a natureza.
Apesar de grande parte da ideia que se tem é que se trata dum actividade física com uma série de acrobacias inacessíveis ao comum dos mortais, na verdade praticamente toda a gente pode praticar e tem muito mais a ver com as ligações entre os intervenientes, a coordenação, comunicação, sincronização, respiração e o carinho para com o outro. Na verdade o AcroYoga assenta-se em 3 grandes pilares, as Acrobacias, o Yoga e o Thai Massage e convida-nos a interagir com os outros, induz-nos um sentido de proteção para com os demais e incentiva-nos a explorar as nossas fobias e receios. É também muito comum despertar alegrias nos seus praticantes, além de contagiar todos com uma sensação de bem estar físico e emocional, assim como uma verdadeira terapia muscular e mental.
Convido a todos os que ainda se sentem cépticos sobre esta modalidade, de antes de formarem uma opinião que venham experimentar, presencial, em primeira pessoa, do que se trata e das suas inúmeras vantagens, basta procurar no facebook por AcroYoga Greater Lisbon e ficar atento às jams e outros eventos promovidos pela comunidade. Durante o verão é normal termos jams completamente gratuitas em jardins, parques e praias pela área metropolitana da grande Lisboa (Cascais, Lisboa, Caparica, Sesimbra).
Pedro Olivença
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(Tori e Pedro em AcroYoga | Foto/Créditos: Pedro Olivença, Tori Mitchell)
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